quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Monxorós!
domingo, 21 de agosto de 2011
Evolução da Escrita (?) por: Micael Martins
Os vestígios mais antigos da escrita são originários da região baixa da antiga Mesopotâmia, e datam de mais 5500 anos. Por volta do século VI a.C. os chineses começaram a produzir um papel de seda branco próprio para pintura e para escrita. A notação era um processo bem simples: tinta era colocada num pedaço de papel.
Intrigante é constatar que hoje, milhares de anos depois, continuamos “colocando tinta no papel”. Temos à nossa disposição computadores pessoais, portáteis e até “de mão” capazes de armazenar mais livros do que qualquer biblioteca pessoal. Por que não evoluímos nesse aspecto?
A produção de livros impressos, tal qual é feita atualmente (e assim o é há muito tempo) envolve imensos gastos, inclusive inquantificáveis em valor de dinheiro, como a degradação ambiental. Desde a extração de árvores, transporte, processamento da celulose, fabricação do papel, edição e impressão do livro, sua distribuição pelo mundo e venda, temos um longo caminho de gastos desnecessários. Com a produção e venda eletrônica de livros, tudo isso será evitado.
Antes de mais argumentos, alguém poderia já dizer que não aprecia ler no computador, pois sua vista dói, sua cabeça dói, sua coluna dói… creio que ao acessar o MSN e sites de entretenimento alguma dose de morfina vem do além, pois gastamos horas ininterruptas com eles ao computador, e sem dor alguma! Além do mais, já há no mercado um livro eletrônico ergonometricamente pensado. É leve, pequeno e sua tela não prejudica a visão.
Quanto à movimentação econômica que a industria do livro físico provoca, seus empregos… isso tudo poderia ser perfeitamente revertido para a industria do livro eletrônico, baratiando-o absurdamente. Você consegue imaginar o gasto para aquisição e manutenção de um biblioteca universitária? E todo aquele espaço físico, funcionários, problemas, roubos e danos?
E se comessássemos a imprimir todas as apostilas, manuais, documentos, enfim, tudo o que você costuma consultar no computador? Soa estúpido? Pois é nutrindo-se dessa estupidez que continua-se a imprimir e imprimir livros, revistas e jornais. Nunca na história da humanidade se produziu tanto papel quanto hoje. Alguém, por favor, me aponte o que uma revista ou jornal impresso pode conter e que não encontramos na internet, inclusive de diversas fontes e até com mais riqueza de conteúdo.
Com o planejamento econômico correto, o livro eletrônico estaria ao alcance de todos. Que tal portar milhares de livros num dispositivo de 290g?
Há quem me venha falar dos problemas quanto à aquisição dos livros, evidenciando que cópias piratas se disseminariam, prejudicando o retorno financeiro do autor. Quando à isso, não nos falta inteligência e recursos para criar sistemas com “serial keys” que permitam que utilize o livro apenas quem o comprou, sem compartilhamento para outros dispositivos.
E não se trata apenas de livros. Em quase todos os lugares, ao invés de simplesmente inserirmos os dados em algum sistema online, temos que resolver tudo com pepel. São solicitações , requisições , cadastros, registros, tudo impresso ou escrito em papel, nos fazendo perder tempo, dinheiro e árvores!
As vantagens do livro eletrônico sobre o impresso são evidentes. O problema da transição está apenas nas pessoas, no próprio medo de mudar um hábito e de encarar as novos desafios logísticos que essa transição traria para a economia.
Micael Martins
sexta-feira, 1 de julho de 2011
A Revolução dos Bichos Ilustrada, ou seria Chargeada?
A Revolução Cantada
A revolução cantada
Na Granja Solar, um próspero “lar”
Próxima a vila de Willingdon
Os bichos de uma Inglaterra tão rica e moderna
Estão a se inspirar
Nas palavras do sábio porco Major
Que ao descrever seus desejos
Suas idéias de revolução
Seu sonho, sua visão
De que um dia os bichos ingleses
Poderiam ser um dia como aqueles
Aqueles que os dominam há tanto tempo
Que os forçam a trabalhar sem condições
E os “pagam” com pouca ração
E no coração dos bichos
As idéias de liberdade
Os sonhos de uma vida de verdade
Em que todos sustentam esperança
A vida boa seria uma realidade
Esperaram o dia sem agrado
Divididos pela ideia da revolta
De poder mandar no mundo a sua volta
E no aparecer da oportunidade perfeita
Quando Jones o fazendeiro
Bêbado, moribundo e esquecido
Dá a chance de se libertarem
Com alguma algazarra o velho é vencido
A granja solar agora era realmente um lar
E mesmo não tendo o velho Major
Que fora pela morte levado
A fazenda agora dos bichos
Era um marco de revolução inglesa
Espalhando os ideais
Agora tão leais
As cantigas as leis
Agra eles eram os reis
Os animais liderados pelos porcos
A população pensante animal
Mas que não produzia
Nem tanto quanto cavalos
Bois ou galos
Mas que organizavam e ensinavam
E a massa aprovava
Os lideres que sabiam tanto quanto o humano
Que um dia os mandavam
E que durante todos aqueles anos
Tiveram como aprender
A ler, criar, construir e escrever
Hoje comandam a Granja dos Bichos
Coisa que ninguém podia crer
Humanos tão descrentes
Agora passavam a ver
Que aqueles animais
Depuseram um colega
Implantaram suas regras
E espalham um grito
Um grito de mudança
Que toda a vizinhança
De bichos, de animais
Começaram a mudar
Sem poder esperar mais
E o novo líder
O porco Bola-de-neve
Um animal sábio e fiel
Com intenção de igualdade
Criou as regras, as regras da liberdade:
Primeiro: qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimiga.
Segundo: Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.
Terceiro: Nenhum animal usará roupas.
Quarto: Nenhum animal dormirá em cama.
Quinto: Nenhum animal beberá álcool.
Sexto: Nenhum animal matará outro animal.
Sétimo: Todos os animais são iguais.
Assim estipuladas, as regras
De que todos os animais
São iguais
E agora podiam viver em paz
Cada qual com sua tarefa
Sua missão, sua meta
O cavalo Sansão
Fiel e trabalhador
Assim como muitos dos bichos
Não muito entendia
Somente sabia
Que para ajudar
Sempre mais ele tinha que trabalhar
E muitos outros o eqüino inspirou
Trabalhando para si mesmos
Não tinha como não produzirem
Tudo era aproveitado e organizado
Uma fazenda fora do comum
Os homens não acreditavam
Como bichos faziam algo
Que todos eles tardavam
Liderados pelos sábios animais
Justos e leais
Prosperaram como nunca mais
Todos os humanos ficaram para trás.
E com tanta abundancia
Controle e festança
Logo a população cresceu
E o esperto Napoleão
Seu plano arquitetou
A pequena ninhada das cadelas
Ele tomou e começou a treinar
Máquinas de morte ele estava a fazer
E ninguém podia perceber
Certo dia o fazendeiro Jones
Querendo sua desforra
Apareceu na sua porta
Os animais já esperavam
A luta começaram
Com grande esforço batalharam
E foram recompensados
Arduamente derrotaram
O inimigo humano que odiavam
Novamente triunfaram e mostraram seu poder
Todos os humanos passaram a os temer
Com tanta prosperidade
A granja passou a evoluir
E os planos de Bola-de-neve
A maioria passou a compreender
Porem a égua Mimosa
Acostumada ao bom viver
Cansada de trabalhar sem regalia
A granja abandonou
E para os humanos ela voltou
Sem se importar com a traição
O sábio Bola-de-neve
De sua sabedoria usou
O moinho se pensou
Era a solução
Produção, conforto, diversão
Tudo isso era muito bom
A grande massa aprovou
Porém o vil Napoleão
Colocou seu plano em ação
Dividiu a granja em opiniões
Com a ajuda das ovelhas berrantes.
Discordava de seu colega
Dizia que o moinho não ia dar certo
Mesmo sabendo que não era verdade
Não compartilhava as idéias de liberdade
Depois de muita discussão
O porco gordo e egoísta
Pôs suas armas à vista
Os cães que havia treinado
Agora eram matadores com agrado
Puseram o pobre líder pra correr
E os bichos começaram a os temer.
Tomando agora o poder
Napoleão, ditador pior não poderia ter
Iniciou seu plano há muito arquitetado
E com medo e palavras falsas controlou a bicharada
Que não era tão sabida e estudada
E por tanto não podiam fazer nada
Passaram a trabalhar mais
Porque o inescrupuloso ditador
Resolveu montar a maquina e que ele tanto tentou impedir de criar
E todos trabalhando forçado
Com a ração cortada
Com privilégios dados aos porcos
Mesmo assim muitos continuavam
Talvez por falta de inteligência
Ou por inspiração nos atos de Sansão
Que ainda trabalhava incansável
Sempre inabalável passou a se questionar
Se os atos do porco Napoleão
Eram os mesmos que o velho Major ia aprovar
E com sua credibilidade na granja
A liderança do ditador passou a ameaçar
Mas com uma lábia afiada o porco soube se virar
Inventou mil e uma mentiras e a leis passou a mudar
Ninguém podia contestar
Já que os únicos que sabiam ler eram
A velha égua Quitéra e o burro
E passou ainda a contar
Com a ajuda do habilidoso Garganta
Que muito bem sabia articular
Discursos e convencimentos eram seu forte
Maleava até os animais de grande porte.
Assim os bichos passaram para outra era
Uma era de infelicidade
Trabalhar, comer, dormir
Essa era sua realidade
Diversão nem pesar, só podiam trabalhar
Tão infelizes quanto com Jones
Mas mal podiam se lembrar
O meticuloso Napoleão mudara tudo
História, fatos, leis
Agora não eram mais reis
Eram os porcos
Que cada vez mais faziam nada e recebiam mais.
Com o moinho pronto e exaustos de tanto laborar
Porém a fraca fundação
Num ataque da granja vizinha que a destruiu
O esforço que todos tiveram
No chão caiu
O pior mal que já se viu.
E usando de sua esperteza
O porco ditador pôs a culpa no honesto
Bola-de-neve
Que agora era culpado por tudo de errado.
Novamente os sofridos animais voltaram a labutar
Sempre mais arduamente e com menos ração
Trabalhavam sem condição
Ainda fora proibida a canção
Aquela que um dia instigou a revolução.
No inverno gélido
Sem colheita sem comida
Puderam dizer que realmente
Pioraram de vida
Mas o tempo passa
Mais uma vez o moinho se apronta
E agora protegidos e reforçados
Ele permanece de pé
Só que o esforço não pára
Continuam a trabalhar
Sempre com a produção alta
A ração escassa mesmo com abundância
Tudo pela ganância
Do porco Napoleão, animal sem coração
Precisando de produtos
Para outro moinho produzir
Iniciou com os humanos
Uma amizade que pior ainda está por vir
Comercializando o excesso da granja
Pôde outro moinho montar
Só que a idade dos bichos só tendia a aumentar
E a aposentadoria, promessa tão aguardada
Deixou de ser verdade
Não seria realizada
E o velho Sansão
Já não se agüentando de cansaço
Continuava a se esforçar
Sempre achando que tinha que ajudar.
E o tempo continua passando
A prosperidade da granja aumenta.
Um golpe na dignidade dos bichos e dado
O maléfico porco muda o nome da Granja
Para Granja Solar novamente
E os bichos se revoltam secretamente
Mas mais uma o ditador os controlou
Botou seus cães para matar
E o medo passou a se instaurar.
Os animais sofrem outro golpe
Quando são atacados novamente pelos humanos de Jones
Uma batalha perigosa onde o velho Sansão sai ferido
Alvejado pelos tiros de humanos ainda consegue trazer a vitória
Mas ninguém se importa,
Pois o que um dia foi uma cavalo aprumado
Agora está despedaçado
E o vil ditador o manda pro matadouro
Onde será transformado em ração
Um golpe no coração
Mas ninguém sabe
Pois ninguém sabe ler e não podiam ver que estavam sendo enganados
O poderoso cavalo fora levado achando que ia ser curado
Somente a Quitéra que já velha ainda pode enxergar
Aonde a carroça o iria levar.
O tempo passa mais ainda
O mesmo esforço, mais moinhos, mais produção e ainda sem satisfação
Somente os porcos que passaram a regozijar da vida boa que passaram a levar
Na casa dos humanos foram morar
Nas camas dormiam
Álcool consumiam
E aprenderam a andar sobre duas patas
Tornaram-se aquilo que um dia mais odiaram.
Os animais, coitados
Nada podiam fazer, não sabiam ler
Manipulados podiam ser
E de nada se lembravam,
Pois foram ludibriados
O ardiloso Garganta as leis alterou
E ninguém viu
Ninguém reclamou
E assim os dias se passaram
Bons para os porcos
Péssimos para o resto
Muitos morreram exaustos na velhice
Muitos nasceram
E depois de tanto tempo já se acostumaram
Acostumaram a viver na mediocridade
Que agora era sua única realidade
Humanos passaram a freqüentar sua granja
Enquanto o porco sua abundancia esbanja
Jantares, bebedeiras festas
Tudo isso os porcos aproveitavam
E os animais sofriam
Mas nem se davam conta disso.
Os costumes, tradições e os símbolos
Todos acabaram enfim
Os porcos se tornaram tão humanos
Que certa noite
Num jantar com os vizinhos
Aqueles mesmos que os atacaram
Uma gritaria, uma confusão
Começou entre os porcos e humanos
Os animais olhavam para os dois
E não sabiam dizer quem era o porco
Quem era o humano.
Lásaro Alves dos Santos
Patrona
Patrona – Uma terra de mudanças.
Na grande facção de Morro Soro, há um problema, uma pequena facção no meio do nada divide seu reino, esse pequeno reino se chama Patrona.
Patrona é cercada por floresta, e lhe cruza uma rota de comércio que liga economicamente Morro Soro Norte e Morro Soro Sul. Parte da economia de Patrona é de pedágio, sim Patrona é um parasita, um problema, porém a maior parte de seus lucros vem do suor de seu povo.
Patrona tem como rei na teoria Tírando, porém Tírando não governa, ele está muito envolvido na política e economia de Morro Soro, aí que entram os regentes.
O primeiro grande regente foi Hoferb, esse era autoritário e absoluto, ele conhecia seu povo mais que o próprio povo, ele sabia o que era bom, mesmo que o povo não gostasse de suas decisões tinha a esperança de um bem maior ao final. Ele era confiável e às vezes assistente, era bondoso, mas seu autoritarismo impedia que seu governo fosse totalmente bom.
Depois veio Wastingon, esse era flexível, não explorava,sabia escutar, era presente, revolucionário e liberal. Mas Patrona não é lugar para justiça, não é lugar para bondade. Wastingon recebeu uma proposta de casamento com a duquesa de Nateu, Martisa, ele deixou o povo de Patrona nas mãos de Tírando finalmente.
O povo implorava por comando, implorava por outro regente, mas Tírando retornou, e subiu ao trono de Patrona.
O povo ficou duvidoso quanto ao real rei: - Ele nos abandona e acolhe? Qual o motivo da volta? Finalmente acabou de se meter em relações exteriores?
Rei Tírando, absoluto, poderoso, rico e influente. Patrona esperava entrar em uma era de glória, pois assim como um cão reflete seu dono, o povo reflete seu rei.
Todos os plebeus se iludiram com jóias, capas e terras. Até Tírando falar. Pois é, o reino era mais rico, o rei era mais rico, porém o povo era explorado. Os impostos subiram e os plebeus se irritaram.
Tírando havia mentido quanto a ficar no país, continuava metido nas relações de Morro Soro, e não podendo olhar para dois blocos de dinheiro ao mesmo tempo, pôs novos quatro olhos dentro de Patrona.
Suas duas filhas: Cakem e Martia, em essência as duas eram boas, porém o mais doce perfume de rosas pode ser estragado com uma gota errada.
As filhas não reinavam, não regiam, só olhavam e administrava. Elas entendiam o povo, mas não podiam fazer nada, ele não entendia nada e ditava.
O povo conseguiu enxergar essa situação e não gostou, se antes o espírito revolucionário já sussurrava, agora ele estava gritando, colando avisos em todas as paredes e correndo solto pelas ruas.
Mas a revolução não aconteceria até um estopim, a ultima gota para o copo trasbordar, mas como a situação já era ruim o bastante e Tírando não tinha mais métodos para explorar o povo, o povo decide por a ultima gota por conta própria.
Acharam um problema esquecido: “A questão dos uniformes”
Ela se resumia ao desagrado da população quanto aos uniformes das Forças Armadas Amadas Patroneses (FAAP)
O povo achou seu motivo, quer dizer, motivos já havia muitos, o povo achou sua desculpa para a revolução.
Sua causa era besta, mas seus motivos dignos reclamaram sobre tudo: Promessas não compridas, situação higiênica do país, impostos elevados, posição autoritária do Imperador.
Mas no fim Tírando sufocou o povo que não conseguiu respirar e sem sangue no cérebro pararam de pensar e voltaram a suar.
O povo sofreu nas mãos de seu ditador até nascer um conquistador no horizonte, Tírando admitindo que a FAAP não era suficiente para conter um exército destinado a liberdade, desiste,e assina seu tratado de rendição.
O conquistador irá libertar? Saberá administrar o povo ou ele terá que sofrer novamente?O povo explorado vai ficar calado? Só digo uma coisa: - As expectativas do novo rei são boas.
Todos os Bichos são iguais
segunda-feira, 16 de maio de 2011
As vezes o inferno não é tão ruim como dizem
Templos antigos, zigurates
Homens fardados caminham em templos
Seriam fardas, se não fossem amuletos
E suas mentes poluídas e divinas
E suas mentes poluídas e sádicas
Os seus olhos fechados para se concentrar
Os seus olhos abertos para o lucro
Os seus dedos de anéis de ouro
Seus mantos de linho e seda
Sua vida desgastada pelas mentiras
E outras vidas escravizadas por meias verdades
Escravizados pela crença, pela salvação, escravizados por seu libertador
Dor, morte, tristeza e medo
E por uma alma divina o corpo tem que pagar
Em moedas, em traumas, em missas e em cultos
Em vida, em sangue e em horas
O corpo têm que sofrer
Têm que morrer
Têm que fazer de tudo para sustentar “os abençoados” nos lugares em que dormem
Em seus palácios
Em seus templos antigos e zigurates
O corpo não presta, somente o espírito presta
O prazer é um pecado, o prazer dos outros
Nas suas vidas perfeitas, sagradas
Pois alguém tem que manter o povo separado do “céu”
Têm que manter todos distantes da luz
E se certificar que ordens inexistentes que vêm de cima sejam compridas
E se auto intitulam:
Servos de deus
Inimigos do diabo
Mas não falam que na realidade:
São farsantes armados com palavras
São guerrilheiros que desarmam a verdade
São homens sem palavra
Que amam demais
Sua maior invenção:
Um Deus sem coração
domingo, 1 de maio de 2011
Um adeus pra você
Entre afagos e desafogos a vida nos prega peças. Quando nossos sentimentos de certa forma são esquecidos justamente por alguém que tanto amamos... a melhor receita é escrever. Aqui fica a dica. E foi expressando o mais íntimo de seu ser que minha adorável aluna do Mater Christi Jéssica Hanna que faz a 2ª série do Ensino Médio compilou tão belas palavras:
Nota preludia: Parafraseando Fernando Pessoa fica-nos a dúvida, será que de fato ela sentiu isso ou apenas expressão do seu eu-poético?
Se deliciem:
Desafogo
Esperei...
Esperei que você viesse até mim.
Como eu sempre fui atrás de você.
Como eu sempre procurei ...tua paz.
Tua paz que reinava dentro de mim!
Lembro-me muito bem...
Das conversas sobre histórias da vida.
As engraçadas...
As sérias...
As tristes...
Os conselhos!
Lembro das cartas que escrevia.
Desabafando sobre a vida.
Por que, sabe?
Era contigo que eu gostava de desabafar
De pedir conselhos, pois você...
Sempre soube o que dizer.
E já tinha passado por algo igual ou semelhante.
Lembro-me das saídas divertidas...
Das web-cans das noites...
Das despedidas...
Sabe?Eu sempre chorei!
Em cada até logo, que parecia ser um adeus.
Você sabe de tudo sobre mim.
Eu pensava saber tudo sobre você.
Mas percebi que...
Não sabe valorizar. Talvez esteja cansada.
Talvez queira uma nova amizade.
Eu confiava minha vida em você.
Duvidei!
Apostei!
Encarei!
E...me desesperei!
O pior é que mesmo assim...
Acredito que não é verdade.
Que você não fez nada.
E nenhuma decepção existiu.
Só que não é como terminar um namoro.
È pior!
Perder uma amizade, principalmente como a tua.
È como perder um irmão!
Perder a alma!
E...sabe...?
Eu só queria conversar.
Desabafar mais uma vez.
Com a pessoa que eu confio.
Que me aconselhava e que eu costumava aconselhar.
E proteger!
Eu só queria um pouquinho da sua atenção.
Quando estava vivendo em um mundo...
Em um momento...
Que ninguém me ouvia.
Ninguém me via.
Só me entristecia!
Um momento em que todos GRITAVAM.
Inclusive eu.
Gritei,chorei,briguei, bati a porta.
E rezei!
Rezei para que você atendesse o celular naquele momento.
Em que eu chorava sem me acalmar.
Em que eu...
Precisava de você!
Queria um abraço.
Precisava da tua paz.
Queria ser ouvida por você!
Quando eu tentei falar...
Em uma noite qualquer...
Você não me ouviu!
Quando eu disse a verdade!
Você não aceitou!
Simplesmente me abandonou.
E eu chorei.
Entrei em pânico.
Não entendi!
Se nós apenas tivéssemos conversado.
Se você me ouvisse dessa vez.
Se eu te ouvisse cantar.
Ninguém choraria.
Se pudéssemos aceitar e compreender uns aos outros...
A humanidade não viveria em guerras!
Se os pais ouvissem e conversassem com seus filhos, ou vice-versa.
Se você pudesse me ouvir agora.
Eu diria, não chorei.
Não me estressei.
Não gritei.
Não precisei rezar pedindo a Deus para essa dor passar.
Não chorei!
Meu peito não apertou de raiva ou saudade.
Apenas disse adeus.
Mas um adeus esperando na porta de casa...
Sua volta.
Um adeus da boca pra fora.
Mas palavra, tem poder.
Mesmo que sejam sem intenção.
Elas machucam muito mais.
E eu que sempre disse palavras tão doces...
Não consigo entender.
Peço-te minhas profundas desculpas.
Por tudo que ainda não sei.
Mas...se um dia qualquer...
Você quiser voltar e conversar...
Eu estarei no balanço da casa branca...
Te esperando para a hora do chá.
Pois não gosto de tomar chá sozinha.
Assim como nunca consegui...
Dizer adeus pra você.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Uma “peça” de um quebra-cabeça cósmico.
Eram 9:00 horas da manhã do dia 23 de outubro do ano 4004 a.C. uma grande explosão rompeu o silêncio enigmático que transitava entre o ser e o não-ser. Após o caos, uma nuvem de poeira cósmica misturada a massas de gases bailavam de forma tão ordenada que pareciam haver ensaiado aquela dança química originária.
Dalí em diante entraram em cena novas personagens. A primeira a entrar no palco da vida foi a agua. Ainda informe, não dava nem para saber com exatidão se de fato era agua ou não. Ela se fazia confundir com outras atrizes do surgir, como por exemplo, as nuvens do céu. E não se sabia onde começam os oceanos e onde terminava o firmamento.
Foi então que as primeiras porções do sólido se fez presente e deu as caras. Fazia-se chamar de terra. E dela veio o restante do elenco e o cenário. Ah, o cenário!? Vegetação, vida, vida no mar. Vida que saiu do mar e rastejou, rastejou pela terra e cresceu. Cresceu um pouco mais, subiu em árvores, mas logo em seguida, resolveu descer. E quando desceu, resolveu pensar.
Ao pensar... deu-se início ao fim da parte feliz desta história e começou a parte infeliz de todo o resto do drama, desta dramaturgia incógnita.
Só que antes das cortinas se abrirem tudo estava escuro neste grande teatro. No entanto, tudo ficou claro quando o diretor da peça ao invés de dizer “desliguem os celulares e tenham todos um bom espetáculo”, bradou lá do inconsciente humano: “Haja luz!” e a luz foi feita.
Ps. Texto criado entre um intervalo de atividades realizado na sala do 6° ano quando o tema era o surgimento da terra (criacionismo x evolucionismo).
Ps. 2 agradecimentos especiais ao Bispo irlandês James Usher, ao Dr. John Lightfoot, Charles Darwin e Jeová (Iavé)
quinta-feira, 10 de março de 2011
Acabou o carnaval?
"Penso, logo Blogueio"
Galera, faz tempo que não vinha aqui. Os motivos são justos, tive um pequeno abalo emocional, em breve escreverei sobre isto no outro blog. Mas a minha vinda aqui é justamente pra contar sobre uma experiência que achei super maneira.